segunda-feira, 28 de junho de 2010

FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A ROSA


"Foi o tempo que perdeste com a rosa que tornou a rosa tão importante para ti". Lemos, comentamos, admiramos, mas vivemos? Numa sociedade de "imperativos categóricos" como a pressa, urgência, ruído, competição e hedonismo, sabemos "perder" tempo? Os blogues, facebook, twitters, são muitas vezes apenas a versão digital de uma vida insana, ébria de actividades ainda que meio vazias. Como se fosse proibido parar, como se todos tivessemos um bicho carpinteiro, como se perder tempo, no sentido do Principezinho, fosse um mal social. Eu tenho blogue e facebook, mas não tento fazer, de um ou de outro, uma afirmação da minha personalidade, um poder que não tenho ou uma mera satisfação pessoal. Penso que na Partilha reside o segredo, aquela que nos abraça e comunga ainda que sejamos estranhos.


São hoje as amizades ainda como no filme "O Caçador" (só para ilustrar com alguma coisa?) Os amigos ainda se importam assim? Por onde anda que não numas larachas da praxe, uns convites para irmos a todo o lado mas não estarmos em nenhum, e um contínuo satisfazer pessoal e social como se fossemos bonecos em mupis?


Confunde-se muito alegria com habituação ao barulho e a actividades constantes. Confunde-se Partilha com mera satisfação pessoal. Confunde-se amizade com tudo aquilo que possa provocar prazer. E não há tempo para nada, mesmo que o consigamos arranjar para tudo. "Foi o tempo que perdeste coma rosa que tornou a rosa tao importante para ti"...


Texto do meu querido amigo Daniel.

É.S.

domingo, 6 de junho de 2010

Diz Que É Uma Espécie de...

Quando nos comprometemos com alguma coisa devemos demonstrar interesse, nem que seja para que os outros pensem que fazemos aquilo com gosto e que não estamos lá apenas por estar. E quando pertencemos a um grupo o nosso nível de interesse tem por obrigação de ser mais elevado, uma vez que se estamos ali é porque queremos.
Num grupo é suposto que haja uma consciência que partilha dos mesmos valores, regras e objectivos.
E quando as coisas não são assim será que pudemos dizer que estamos perante um grupo?
Eu digo que não! Para existir um grupo é necessário que haja uma relação de continuidade prolongada num espaço de tempo e que todos os seus elementos assumam com responsabilidade a escolha que fizeram. E não se limitem a tentar convencer os outros mas sim vocês mesmos, caso contrário, a vida será uma ofensa e as palavras terão sido ocas e em vão. Escutem e não queiram apenas fazer-se ouvir, pouco se importando que, nessa sua ânsia de se fazer ouvir, a sua voz acaba por dissolver na multidão dos ruídos que poluem o nosso universo quotidiano. Tornando-se indiferentes ao próprio coração que acabam por não escutar e, por isso, também não conseguir conhecer nem seguir.
É necessário repensar as atitudes e aquilo que realmente queremos, não basta só querer para que as coisas aconteçam é necessário um esforço por parte de todos. Porque quando há uma grupo há um todo que deve/deveria funcionar em harmonia, não digo harmonia perfeita porque é impossível, mas numa harmonia que permita a própria existência do grupo.
Temos de nos esquecer de nós muitas vezes para não cairmos na tentação de fazer o mundo girar só à nossa volta... Ao menos tentem...
Adeus (a forma mais fácil de dizer que talvez tenha sido bom e até à próxima)!

É.S