sábado, 3 de setembro de 2011

Aparências




Nós como jovens e membros de um grupo não deveríamos dar tanta importância as aparências. Deveríamos, sim, olhar para o interior de cada um e ver o que há de mais belo. Aquilo que realmente somos não está evidente na roupa que usamos nem no corte de cabelo que temos nem muito menos no telemóvel ou noutras coisas supérfluas que usamos. Aquilo que realmente somos demonstra-se através das nossas atitudes e escolhas. Isto pode e faz confusão a muitas pessoas porque muitos de nós estão demasiado ocupados a apontar o dedo e a olhar para o outro porque ele aparenta ser diferente de nós.

Élio Santos

terça-feira, 14 de junho de 2011

Porque é que o jovens já não sabem ser jovens?

Cristina - eis uma boa questão.

Fred - talvez porque se concentram demasiado no futuro como adultos para
aprenderem a viver o presente . Pois não aprendem a ser jovens estando sempre preocupados em errar e apenas interessados no que o futuro ira trazer . sem verem as coisas bela...s da juventude e quando realmente aperceberem se disso já será tarde pois não terão as mesmas oportunidades e ficaram realmente transtornados por não terem tido uma juventude ''normal''.

Jéssica - Cada pessoa tem uma forma diferente de viver a sua Juventude... Deixando umas coisas para trás e apressarmos para outras não significa que deixemos de ser jovens! A juventude é só mais uma fase na vida de cada um e pode ser vivida de mil e ...uma maneira sem significar deixar de ser jovem! Todos nós somos diferentes , gostamos de coisas diferente e temos uma visão completamente diferente do mundo! Somos Livres.. por isso cada um escolhe a forma que preferir para viver a sua Juventude, porque não há um protocolo definido para o "SER JOVEM" ! NÃO HÁ NINGUÉM , NINGUÉM MESMO QUE NÃO TENHA NADA QUE RECORDE A SUA JUVENTUDE!

Liliana - talvez porque querem crescer muito depressa...

Susana - Porque Será? Boa questão? Na minha forma de ver e de pensar, muitas pessoas querem ser adultos e não sabem viver a sua juventude, não sabem ser elas próprias e apenas querem mostrar que já são crescidas. Muitas delas fazem-se do que não são. A que saber viver a vida normal tal como ela é. Porque que muitas pessoas gostam de se fazerem de crescidas e de não serem jovens?









segunda-feira, 16 de maio de 2011

É complicado





Mudar é complicado.

As pessoas têm medo de deixar para trás algo em que acreditam, algo que lhes proporciona conforto mas que as impede de serem totalmente felizes. Talvez, porque terem sempre agido de determinada maneira acreditam que essa é a única maneira de ver a realidade e não percebem que se olharem para a mesma coisa de um ângulo diferente a percepção que temos sobre essa mesma coisa muda, mas a sua essência está sempre lá.

Ter medo não é completamente mau. Quando sentimos medo também sentimos que devemos seguir outro caminho, e temos a certeza absoluta que a mudança é possível. O medo é mau quando nos torna cobardes e impede-nos de ter força necessária para seguir e lutar por aquilo que realmente queremos. Quando isto acontece, não só aquele que não tem força para seguir perde, todos nós perdemos.

É necessário observar as pessoas mas mais do que observá-las com os olhos é necessário observá-las com o coração. O coração mostra-nos a verdadeira essência, aquilo que realmente somos. Depois de observá-las é necessário protege-las e mostrar que estamos sempre lá. Mesmo que nem sempre as compreendamos não nos podemos afastar. É necessário ficar e ouvir. Por vezes, as maiores e mais profundas conversas são feitas no silêncio e a melhor forma de mostrar que estamos sempre lá é ouvir, nem que para isso seja necessário não dizer nada. Isto é difícil porque todos nós queremos falar, ser ouvidos e raramente queremos ouvir.

Se não ouvimos, se não observamos, se não sabemos o que queremos, se não lutamos pelo que queremos, se não temos capacidade para ver que é necessário mudar, se não estamos sempre lá então não compreendemos o verdadeiro significado da vida, o verdadeiro significado de amar e estamos a perder tempo a tentar ser algo que não conseguimos nem temos capacidade para ser porque falta-nos humildade.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Trilhos

É terrível a falta de respeito e consideração que as pessoas têm pelos outros. Já não os ouvem, riem-se deles. O que dizem já não tem valor, são blasfémias que não interessam para nada porque a falta de humildade, que afecta muitas destas pessoas, não permite ver que nós não possuímos toda a verdade, nem todo o conhecimento, e que os outros também podem ter razão e estar certos.
Aprendam a ouvir e a respeitar o que os outros nos têm para dizer, mas não façam por obrigação, façam-no de coração aberto. Façam-no como alguém que está realmente interessado no Outro e no que ele nos tem para dizer. Lembrem-se que sozinhos não somos nada e que os outros podem-se cansar de estar constantemente ao nosso lado a tentar dizer alguma coisa.
Sozinhos, a caminhada é mais difícil e torna-se mais cansativa e morosa. As tentações de abandono são maiores e por vezes isto acontece. Os outros, aqueles que vocês não são ouvidos abandonam a caminhada, isto não quer dizer que desistam apenas poderá dizer que fizeram um pequeno intervalo, uma pausa para pensar. É necessário escolher novos trilhos para que a caminhada faça sentido, eu não abandono esta caminhada apenas faço um intervalo, uma pausa, não para pensar no que quero (eu sei o que quero e também sei até onde é que a caminhada deve de ser feita) mas sim para que vocês tenham a oportunidade de pensar no que é que realmente querem.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os Convencidos da Vida

Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.
Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força.
Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?

(...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil.
Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro.
Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi.

Alexandre O'Neill, in "Uma Coisa em Forma de Assim"